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Saiba mais sobre a Demência de Alzheimer

É natural que ao longo da vida passemos por diversos momentos de esquecimento, como por exemplo, ir de um cômodo para o outro e se questionar: “O que era mesmo que eu ia fazer aqui?”, ou até mesmo guardar um objeto e alguns dias depois se esquecer onde o colocou. Mas será que todas essas pequenas “falhas” na memória são motivos para se preocupar?

A Dra. Luiza SatieTazo (CRM-PR: 15425 | RQE: 10103), Médica Neurologista da Rede Metropolitana, trouxe dicas importantes sobre a doença, confira:

“Quando se fala em perda de memória, a Demência de Alzheimer é o primeiro diagnóstico que vem em mente, tanto de leigos como de profissionais da área de saúde, por ser o mais frequente. Porém, existem outros tipos de Demência (secundários a outros processos degenerativos – como a Demência Fronto Temporal e a de Corpos de Lewy – ou associadas a outros fatores como Acidentes Vasculares Cerebrais).

Fatores de Risco

O principal fator de risco para desenvolver a Demência de Alzheimer é o próprio “envelhecimento”. Mas podem haver fatores possíveis de serem modificados. Indivíduos com baixo grau de escolaridade são mais propensos a desenvolver a doença de forma mais precoce. Desta forma, uma reserva cognitiva na juventude e ao longo da vida poderia ser um fator de proteção ou prevenção. Fatores de risco para doenças cardiovasculares como: hipertensão arterial, diabetes, obesidade, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo, depressão ou isolamento social e até a perda auditiva podem corroborar como fatores de risco.

Diagnóstico

O diagnóstico atualmente é baseado no histórico, testes clínicos e exames complementares. O profissional (geralmente neurologista ou geriatra), ao realizar o exame clínico deve ficar atento às queixas do paciente e dos familiares e verificar o tempo e a velocidade de evolução, que costuma ser lenta.

A alteração de memória episódica é a queixa mais comum na fase inicial da doença. Tornam-se comuns relatos dos familiares de que o paciente esquece onde guarda objetos ou esquece de compromissos e recados, contam fatos ou notícias várias vezes, esquecem de tomar medicamentos, entre outros. Com a evolução da patologia, podem surgir a disfunção executiva, ou seja, o paciente começa a ter dificuldades em realizar tarefas comuns de sua rotina: como cozinhar, utilizar um aparelho ou um eletrodoméstico ou dirigir. A linguagem torna-se progressivamente comprometida, tanto com dificuldades de compreensão como também dificuldades de se expressar ou manter um diálogo, pois não é capaz de evocar palavras e até mesmo escrever. Pode haver incapacidade de reconhecer faces ou objetos e alguns pacientes podem apresentar sintomas psiquiátricos como delírios, alucinações, alterações do sono, irritabilidade, apatia e alterações de humor (como depressão e ansiedade).

Após ser submetido a testes padronizados para rastrear possíveis sintomas, alguns exames laboratoriais auxiliam a investigação de outras causas de déficit de memória que poderiam ser reversíveis, como doenças infecciosas, déficits de vitaminas, alterações renais ou hepáticas e doenças da tireoide.

O exame de imagem mais utilizado em nosso meio é a Ressonância Nuclear Magnética de crânio, que além do auxílio diagnóstico também exclui outras doenças.

Outros exames de Medicina Nuclear para avaliação de perfusão ou metabolismo de glicose e até Marcadores biológicos coletados no Líquido cefalorraquidiano também estão disponíveis em grandes centros.

Estágios da Doença

Feito o diagnóstico, o acompanhamento neurológico regular pode monitorizar a progressão da doença e classificar o paciente em estágios: desde o Declínio cognitivo leve, no qual há queixas pessoais de algum déficit mas não se encontram alterações objetivas na investigação. Estágio Leve – no qual há comprometimento para realizar tarefas ou atividades mais complexas, mas já há necessidade de ajuda. Estágio Moderado em que o paciente só realiza atividades simples, tem interesses restritos e já requer auxílio em seus cuidados pessoais. E, por fim, o Estágio Grave em que se tornam completamente incapazes de realizar julgamentos, mantendo somente resquícios de memória e necessidade de assistência contínua.

Tratamento e Prevenção

Há medicamentos disponíveis pelo SUS, indicados principalmente na fase leve a moderada, que buscam promover melhora cognitiva. Infelizmente, incapazes de reverter o processo.


Dica da Doutora:
“De forma geral, até o momento, o conselho é acumular uma boa reserva cognitiva ainda na juventude. Podemos fazer isso através de atividades intelectuais que enriquecem a conexões neuronais, como estudar, ler, praticar jogos de raciocínio e memória; manter uma atividade física regular, por exemplo um mínimo de 150 minutos de caminhada por semana, divididos entre os dias disponíveis, ter melhor controle sobre o stress, evitar ou controlar os fatores de riscos cardiovasculares conhecidos como: tabagismo, etilismo e descontrole pressórico ou glicêmico.”
Dra. Luiza Satie Tazo – Médica Neurologista (CRM-PR: 15425 | RQE: 10103)

Fonte:
Dra. Luiza Satie Tazo, Médica Neurologista (CRM-PR: 15425 | RQE: 10103)

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